60 e poucos
Do alto dos meus 60 e poucos,
Vivi coisas pelas quais omitiria
Eu vi milagres, ouvi espíritos,
Presenciei assaltos e atropelamentos
Bati o carro quando passei no sinal verde
Saí ileso quando atravessei no vermelho
Morei em metrópole, morei no interior
Só vi o mar depois dos 20
Dei esmola, pedi aumento
Pedi demissão, fui demitido
Montei empresa, fechei empresa
Fiquei rico e torrei tudo em viagens
Urinei no Ganges e no Nilo
Fiquei entediado em Paris, Londres e Milão
Comi cogumelo em Amsterdam
Quebrei o braço esquiando em Bariloche
Desenhei mulher nua sem musa
Escrevi poema de amor sem amar
Escrevi poema de amor e entendi,
Depois que decidi te encontrar
Minha poesia ganhou rima
Ganhou ritmo, ganhou cor
Foram tantas brigas, tantas baixas,
Nada fez oscilar o teu sabor
Nada me fez guardar maior rancor
Você ainda carrega aquele sorriso de menina
Os olhos brilhantes e o corpo de miss
Pra acompanhar toda essa energia, só cafeína,
Ácido, pílula azul, anfetamina,
40 anos desejando a mesma boceta,
Mesma boca, mesma silhueta,
E que se dane o pudor que ainda me resta
Nesses anos que faltam, quero festa,
Quero mimos, quero festa,
Quero bisnetos pelo quintal,
Lençóis limpos no varal
Só pra eu ajudar a sujar e me lembrar
Dos tempos de infância,
seus tempos de menstruação
Fazer música com aquele velho violão
Fazer arte, viver, ficar na memória,
Fazer parte, ser, fazer história.
Do alto dos meus 60 e poucos,
Vivi coisas pelas quais omitiria
Eu vi milagres, ouvi espíritos,
Presenciei assaltos e atropelamentos
Bati o carro quando passei no sinal verde
Saí ileso quando atravessei no vermelho
Morei em metrópole, morei no interior
Só vi o mar depois dos 20
Dei esmola, pedi aumento
Pedi demissão, fui demitido
Montei empresa, fechei empresa
Fiquei rico e torrei tudo em viagens
Urinei no Ganges e no Nilo
Fiquei entediado em Paris, Londres e Milão
Comi cogumelo em Amsterdam
Quebrei o braço esquiando em Bariloche
Desenhei mulher nua sem musa
Escrevi poema de amor sem amar
Escrevi poema de amor e entendi,
Depois que decidi te encontrar
Minha poesia ganhou rima
Ganhou ritmo, ganhou cor
Foram tantas brigas, tantas baixas,
Nada fez oscilar o teu sabor
Nada me fez guardar maior rancor
Você ainda carrega aquele sorriso de menina
Os olhos brilhantes e o corpo de miss
Pra acompanhar toda essa energia, só cafeína,
Ácido, pílula azul, anfetamina,
40 anos desejando a mesma boceta,
Mesma boca, mesma silhueta,
E que se dane o pudor que ainda me resta
Nesses anos que faltam, quero festa,
Quero mimos, quero festa,
Quero bisnetos pelo quintal,
Lençóis limpos no varal
Só pra eu ajudar a sujar e me lembrar
Dos tempos de infância,
seus tempos de menstruação
Fazer música com aquele velho violão
Fazer arte, viver, ficar na memória,
Fazer parte, ser, fazer história.
5 comentários:
Sabe... me orgulho muito de você e me orgulho mais ainda de poder ser a musa de coisas tão bem escritas, tão expressivas e tão fantásticas quanto essas.
Uma vida inteira de cores, de sabores, de poesia, e sem pudores, tudo isso só pra nós dois.
Mais uma vez obrigada. :,)
Bom demais da conta.
vc escreve mto bem!
escrita interessante
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