Subiu a serra
Subiu correndo aquela serra
Parou quando avistou o lindo mar
Cogitei subir logo em seguida,
Mas, talvez, alguém a espere lá
O sol ia descendo e ninguém vinha
O que fazia aquela menina sozinha?
Com certeza, outros já subiram
Provavelmente, todos já desceram
Outros querem subir agora,
Mas sinto que essa é a minha vez
Vou tentar, o que tenho a perder?
A subida é íngreme, o piso escorregadio,
A caminhada pode levar dias...
Será que consigo chegar até lá?
Será que ela ainda vai estar?
E se outro chegar primeiro?
Devem ser tantos pelo caminho...
Tentei, caminhei até cansar e
Procurei não contar as escorregadas,
Nem quantas vezes fiquei com fome,
Tomei chuva e pensei em voltar
Cheguei no dia 17 de janeiro
Ontem, alguém chegou primeiro,
Mas quando cheguei, não estava lá
Ela sorriu e estranhou meu sotaque
Dizia que eu falava assim arrastado
Como na Bahia, como no cerrado
Não esqueci daquele dia
Ainda não perdi a minha vez
Será? Sei que outros sobem
Não sei se chegam, não se se caem
Nem se ela espera alguém chegar
Só sei que a vista é linda,
Valeu a pena tentar
Decidi, não desço mais.
7 de jan. de 2010
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7 comentários:
Poesia daquelas que merecem ser declamadas.
sempre com belas palavras.
muito bonito, namorado! (:
17 de janeiro se aproximando...
Um maravilhoso 2010 pra vc e sua família! Vc merece! bjos.
massa!!!*-*
Rsrs, engraçlado os ciclos humanos.
Na sua postagem, estás subindo.
na minha última postagem, me joguei! hahaha
Pois é, só de ler deu pra perceber que foi uma difícil subida com uma bela recompensa, assim como a maioria dos nossos desafios seguidos de vitórias.
Abraço
Ray
Lindo, Leo. Fui descendo as linhas da poesia enquanto subia a serra.
É muito bonita, seu jeito simples de contar poesia me encanta.
Um abração!
perfeito!
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