Para depois da guerra
Odeio discutir com você antes de dormir. Isso me tira o tesão do sono. Me faz ter pesadelos. Me faz acordar mau humorado e até mais gripado que ontem. A Sinusite ataca forte. Parece que até acordo mais azarado: a energia acaba quando vou tomar banho, chove quando estou sem guarda-chuva, desço no ponto errado, chego atrasado.
Odeio quando a gente briga. Odeio quando a gente não se entende. Mas brigar com você e acordar querendo te ouvir é uma certeza de que te amo. É na ausência que percebemos que amamos. É com as coisas banais que o amor se constrói. Não é quando digo "eu te amo", é quando digo "eu te odeio". A gente odeia quem a gente ama, de vez em quando. Deve ser por isso que dizem que amor e ódio são sentimentos próximos. Próximos pela intensidade. A gente ama quem a gente odeia, de vez em quando.
Sei que te amo não pela linda noite de amor de anteontem no meu quarto, o almoço abraçados, a tarde no charmoso café. Sei que te amo por te achar linda de manhã, pela sua cara de felicidade quando dá gargalhadas, pelas brincadeiras bobas na cama e no sofá, por odiar quando briga comigo, por odiar meus ataques de ciúmes e os seus ataques de ciúmes. Te amo porque te odeio de vez em quando. Te amo porque te amo sempre, mesmo quando te odeio.
13 de jul. de 2010
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2 comentários:
Te odeio, Júju. (:
Que lindo Léo!
É a rotina da felicidade filho, sempre amar pra querer ter perto e as vezes odiar pra mostrar que tem dentro...
Que sorte dessa garota, nem todos admitem essas coisas, muito menos desse jeito.
Bom te ler ^^
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