
Repentinamente, veio à tona cada segundo do seu ano. E olha que o ano já estava na metade e muita coisa tinha acontecido e desacontecido. Logo em seguida, flashs de toda a sua vida apareciam len-ta-men-te, depois rapidamente, depois len-ta-men-te de novo e rapidamente... Naquele momento, ele visualizou o seu futuro e não gostou muito do que viu. Ou talvez, tenha gostado, não sei. A confusão naquele quarto estava tão concreta quanto sua cama e o armário. Sua ânsia por auto-afirmação era tamanha que ele evitava se ver no espelho enquanto não se convencesse de que era bom o suficiente pro que o esperava lá fora.
Era domingo e ele havia tirado o dia pra decidir o que queria fazer da vida. Decidiu que, antes de qualquer coisa, ele passaria a ser a sua maior prioridade. Ele havia decidido, finalmente, deixar de ser coadjuvante para ser o protagonista do seu filme (não me lembro onde vi essa citação, mas acho que se encaixa perfeitamente aqui). No mesmo instante, lembrou de tudo que já havia priorizado antes. A maioria daquelas coisas não fazia o menor sentido agora. A maioria daquelas pessoas, ele nunca mais viu e, talvez, nunca mais verá. Sentiu uma leve vergonha por ter se entregado tanto, por ter sido tão omisso, ter sido tão emocional e nada racional. Quanto disparate! Perdera muito tempo gostando de pessoas não gostáveis, conhecendo pessoas não conhecíveis e se relacionando com pessoas não relacionáveis. Mas será? Não seria muita prepotência achar que o problema sempre está nos outros? Talvez seja muita pretensão, mas ele acreditava, invariavelmente, que a culpa jamais foi dele. Pelo menos isso ele ainda tinha de sobra. Ninguém jamais conseguiu convencê-lo de que foi ele o responsável por cada fato marcado, por cada momento marcante, por cada segundo cortante...
5 comentários:
Prosa nao é laaa o meu forte, mas anda me empolgando. Vou escrever de vez em quando!
:)
'Perdera muito tempo gostando de pessoas não gostáveis, conhecendo pessoas não conhecíveis e se relacionando com pessoas não relacionáveis.'
=T
definitivamente a melhor coisa que vc escreveu!
persista
é porrada. poeticamente porrada
Gostei sim da rosa. O pensamento reina aqui. O grande problema do ser humano em geral é não querer assumir seus erros.
Deixou de ser coadjuvante para ser protagpnista... tinha escrito isso lá no semotivo.
Gostei da prosa, posta aí que eu lerei daqui. ^^
Abraço
ray
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