22 de mar. de 2012

Grito da ausência



Ora, bela moça, vou ser direto, ser sincero
Só sinto sua ausência aos domingos,
Aqueles entediantes quando o meu time perde
Aqueles de calor quando o meu time ganha
Só quando chove, só antes de dormir
Vez ou outra, quando acordo, quando sonho,
Quando dirijo, abro a geladeira, tiro as meias,
Passo a roupa, mudo de canal, escovo os dentes
Quando perco os óculos, quando perco a hora
Só enquanto faço a digestão do almoço, do jantar,
Espero a sobremesa, pego a fila, pago a conta
Só sinto sua ausência quando sonho contigo de noite,
Quando sonho contigo de dia, de madrugada,
Dormindo ou acordado, quando não sonho,
Quando lembro do coração na parede, o vinho,
Uvinha, Pera, Amora, sua calcinha, ontem, agora,
Quando torço, quando vivo, quando morro
E morro de vez em quando, quando sinto sua ausência
Mas só de vez em quando, vez em nunca



Pronto! Ponto.
Tentei fingir que era pouco.
Tentei, não deu, já deu a hora de você voltar.

15 de mar. de 2012

22 horas

Não gosto mais das 22 horas
É quando você vai, partiu
Ainda que 22 horas depois
Você voltasse, mas não
Não volta, nem amanhã,
Nem depois, nem terça
Só quinta ou sexta
Ou dessa vez, sou eu que vou?
Vou eu, vai você
Não vivo mais sem esse vai e vem
Sorriu.

3 de mar. de 2012

Nhorinhá