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Vamos! Apenas me diga quem é você. Sem instintivamente dizer seu nome, idade, profissão. Ou mesmo sem dizer qualquer característica que te insira numa das gavetas hierarquicamente organizadas numa das estantes de madeira da dispensa.
Mas diga a verdade! Sem medo. Sem receio. Tente! Por quê não experimentar o novo? Você continua andando rápido pelas calçadas. Vira o rosto a quem se insinua ou olha para você com um sorriso. Contenta-se em ver o céu por trás dos edifícios. Reprime lucidez e foge de uma possível sensação de frio na barriga.
Você continua deduzindo os outros através de seus trajes.Você continua sendo honesto com todos, menos com si mesmo. Alimenta seus sonhos com papéis coloridos e bem impressos de revistas de direita. Economiza dinheiro para presentear a si mesmo nos fins de ano. Joga sempre lixo no lixo, na tentativa de limpar sua consciência.
É de gente assim que o mundo globalizado precisa. Gente que aprendeu a viver aceitando seu lugar. Gente que paga o que recebe e sempre deve o que vai receber. Gente cuja maior qualidade é fazer o que mais abomina, com quem mais odeia, a qualquer hora, sorrindo. Mas ordens são ordens, não é?
Permaneça assim, já que não te incomoda. Continue como a mulher que escrevia cartas de amor a si mesma. Amontôo de palavras em círculos para se sentir um pouco melhor. Vamos, continue! Mas saiba que nada me faz mais infeliz do que aceitar isso. Continue caminhando. Continue fingindo sua felicidade. No fim, você é menos pior do que eu, que sabe onde estão os erros e continua errando.
*Lembro que escrevi esse texto em um surto de indignação no meu primeiro período de faculdade, depois de uma aula de Teoria da Comunicação. Achei ele mofando por aqui! Acho que agora ele faz mais sentido do que nunca.
Vamos! Apenas me diga quem é você. Sem instintivamente dizer seu nome, idade, profissão. Ou mesmo sem dizer qualquer característica que te insira numa das gavetas hierarquicamente organizadas numa das estantes de madeira da dispensa.
Mas diga a verdade! Sem medo. Sem receio. Tente! Por quê não experimentar o novo? Você continua andando rápido pelas calçadas. Vira o rosto a quem se insinua ou olha para você com um sorriso. Contenta-se em ver o céu por trás dos edifícios. Reprime lucidez e foge de uma possível sensação de frio na barriga.
Você continua deduzindo os outros através de seus trajes.Você continua sendo honesto com todos, menos com si mesmo. Alimenta seus sonhos com papéis coloridos e bem impressos de revistas de direita. Economiza dinheiro para presentear a si mesmo nos fins de ano. Joga sempre lixo no lixo, na tentativa de limpar sua consciência.
É de gente assim que o mundo globalizado precisa. Gente que aprendeu a viver aceitando seu lugar. Gente que paga o que recebe e sempre deve o que vai receber. Gente cuja maior qualidade é fazer o que mais abomina, com quem mais odeia, a qualquer hora, sorrindo. Mas ordens são ordens, não é?
Permaneça assim, já que não te incomoda. Continue como a mulher que escrevia cartas de amor a si mesma. Amontôo de palavras em círculos para se sentir um pouco melhor. Vamos, continue! Mas saiba que nada me faz mais infeliz do que aceitar isso. Continue caminhando. Continue fingindo sua felicidade. No fim, você é menos pior do que eu, que sabe onde estão os erros e continua errando.
*Lembro que escrevi esse texto em um surto de indignação no meu primeiro período de faculdade, depois de uma aula de Teoria da Comunicação. Achei ele mofando por aqui! Acho que agora ele faz mais sentido do que nunca.