26 de mai. de 2013

Calçadas

Já maltratei calçada, quase nada
Vi gente disposta, muita gente cansada
Mas fiquei até o último brilho da madrugada
É que o tempo mata, mas antes destrata
Esse maldito fugaz de longos anseios
Alguns tão pobres, alguns devaneios
Uns mais impossíveis que outros
Outros mais calados que uns
O que a gente não leva, arrasta
Por isso há de se sentir bem sentido
Até o que se sente não sentir mais.

Do ponto final pra frente
Outros frames, outras histórias
Nem tudo festa, nem tudo glória
Memórias? Nem tão cegas,
Nem tão claras quanto esperava
Umas bem quistas, outras massacradas
Umas tão tortas quanto supervalorizadas
Todas necessárias, vadias desesperadas.