14 de jul. de 2014

Sexta, sábado, domingo

Acordei e fui testemunha de um céu lisérgico
Desses que nem a cortina quer esconder
Tinha dormido bem e era sábado,
Mas a cama vazia dava o tom de cinza
Cinza quase castanho, o azul desbotou
Minha mão tateou o vácuo, despertador tocou
Tinha mensagem sua, de texto, de voz
Sem teu corpo ali do lado, ao menos dados
Justo hoje que eu queria fatos e fotos
Sempre quero, coleciono prints de você
Preferiria colecionar abraços sem partida,
Breves retornos, beijos sem despedida
Nesse romance à prazo, aceito pagar à vista
Veio a quinta, é só amanhecer pra você chegar
Sábado volta a ser sábado e o domingo azul
Semana que vem é triste, você não vem
É tempo do azul virar cinza e o sábado domingo.

Um comentário:

Jaya Magalhães disse...

Leo,

Não sei que espécie de conexão foi essa, mas seus versos hoje foram quase relato do que tenho vivido. Amor e estrada. Sentir e não poder tocar. Achei tão bom que trouxe algum conforto pra toda essa saudade que brota em mim diariamente.

Obrigada por permitir.

Um beijo.