29 de set. de 2008

Serviu?

Não serve mais

Te apresento o meu sorriso meia boca
Meia cara, tanta luta, tanta dívida
Te apresento o meu jeito desregrado,
Meu cabelo despenteado, meu soluço,
Tanta esquiva que esboça vida

Eu sinto a falta do almoço e do jantar
Que minha mãe oferecia sem eu precisar comprar
Eu sinto a falta dos meus dias mais completos
Meus domingos indigestos que demoravam a passar

Tantas mudas, tantas vigas, tantos espinhos
Que já sangrei até cansar, já calei até gritar,
Já sentei, e já cansado de sentar, deixei derramar
Vinho tinto no meu terno favorito
Só assim eu pude ver que de tão sujo,

já não me servia mais.
Eu já não servia mais.

16 comentários:

Lu disse...

Hum...Escreveu mesmo! rss
Cabelo está legal. Comida da mãe e sem comprar muitos tem saudade.

Gostei. Transpôs lindamente, quase um desabafo,mas compreensível.
Eu até entendi...rss

Um ótimo final de semana.
Beijo!

P.S:(pq de poemas eu não sei falar, mas não conta pra ninguém)

Lívia Freitas disse...

leo, tenho certeza que você buscou inspiração em sua vida atual. Ser adulto dá muito trabalho, a gente paga um preço alto para alcançar um lugar ao sol. Os desafios são muitos, o mais importante é não abrir mão de quem vc é, de seus valores. Muita força! Torço por vc!

.carolina gaio disse...

Muito lindo, como sempre.
Vivo um pouco desse poema no momento, muito responsabilidades.
beijinhus.

Jairo Borges disse...

Pois e...
tem horas que tudo que precisamos e gritar! e efetivamente mudar!

Mariana Ishiguro Frederico disse...

Realmente um cansaço!Não de si mesmo, mais das coisas que vem a estar a nossa volta.

Eu que nem tenho muito o porque de ter 'isso' as vezes tenho de tanto imaginar, imagine!

Entendi fácil, milagre!

Gostei bastante.
Boa semana!

Karol Lima disse...

o pior é ter com aproveitar, poder ainda comer comida da mamãe, reclamar do domingo demorado e não aproveitar, é saber que sentirei falta, mas não ver a hora desse tempo passar...

texto belo como todos (seu) que já li!
gostei muito

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
assinado eu disse...

E tá de volta o Leo poeta que eu conheço! Isso é bom, sinal de que você tá se aceitando de volta, sem deixar de se adaptar à nova situação.
O poema ficou simplesmente perfeito, Leo. De verdade! Cada informação pequenininha diz muita coisa sobre você e sobre o que você está passando, sobre a sua forma de pensar a respeito e de lidar com isso. Quem te conhece um pouquinho - ou bastante - sabe que é uma resposta a uma fase de transição, e eu acho que você tá indo muito melhor do que pensa.
Don't give up!

Karol Lima disse...

^^
ah!eu tbm quero ouro...onde? cadê?
hauhauha

bjos

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

orpimidos pela revolução, sufocados pela evolução.
O fato é que reclamamos de tudo quando ainda está bom...=/
Versos verdadeiros, tocaram-me fundo.
abraço

Lu disse...

Humrum...dizem e escondem também, né mesmo?
Uma ótima semana, Léo!
Beijo!

Anônimo disse...

Que lindo! Suponho que você quem escreveu né.
O mundo precisa de pessoas menos preconceituosas e ignorantes, hehe.
Obrigada pela visita! bjs

Karol Lima disse...

pior que não foi bem isso..as vezes escrevo sem sentir o q realmente escrevo...se é q me entende...se eu disse pra alguém ...nem eu msm sei quem ...rsrs

bjukiss =]

Anônimo disse...

nossa que tudo; li alguns dos teus post e achei maravilhosos *-*
parabéns mesmo :)

Victor Meira disse...

Bacana, Leo.
Desse eu gosto.

Tem qualquer coisa cartola vagando pela melancolia dos verbos no infinitivo, mas gosta. A coisa se constrói com simplicidade e bom gosto.

Legal.

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